Depoimento sobre minha
experiência com a leitura e a escrita.
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Por
meio dos depoimentos do Gabriel – o pensador e do Gilberto Gil, podemos
perceber o incentivo de familiares no despertar do prazer em aprender. No
caso deles o incentivo da avó, e no meu o de minha mãe.
Não
saíamos muito de casa e a minha grande distração era a escola. Lembro-me de
chorar por não querer faltar à aula.
Minha
mãe em sua simplicidade, ensinou-me a ler e a escrever. Sempre disse que eu
tinha facilidade, mas não podemos lhe tirar o mérito.
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No
pré eu era a única aluna alfabetizada em minha turma e a professora me pedia
para ajudar os colegas com mais dificuldades.
Também
não tinha muitos livros, porém o que mais me marcou foi um que ganhei de
presente de uma vizinha: “De repente dá
certo”, da Ruth Rocha.
Era
uma história de adolescentes, pais separados, a descoberta do amor, a
insegurança que acompanha essa fase.
Jamais
esqueci dos sentimentos que esse livro despertou em mim. Perdi as contas de
quantas vezes o reli.
Desde
então, descobri que “o livro é um mundo porque cria mundos ou porque deseja
subverter esse nosso mundo”, como diz Marilena Chauí.
Sou
a personagem principal de tudo o que leio, viajo, me apaixono, aprendo e quando
retorno ao mundo real sou eu multiplicada.
Daniela Carnaúba
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